Restrita ao longo da costa brasileira, a vegetação sobre a restinga está sob intensa pressão da ocupação humana e conseqüente alteração da paisagem original (Mantovani 2003, Rocha et al 2004 apud Brizzotti; Faria; Oliveira, 2009). Os ecossistemas de restinga vêm sendo degradados desde a colonização e encontram-se reduzidos a pequenas manchas remanescentes (Araújo; Lacerda, 1987; Mantovani, 2003 apud Brizzotti; Faria; Oliveira, 2009), constituindo o conjunto de ecossistemas dos mais ameaçados do domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Brizzotti; Faria; Oliveira, 2009). A restinga consiste em uma comunidade de plantas que ocorre no litoral, e inclui praias e dunas. Devido a seu solo arenoso e solto, as restingas são altamente vulneráveis ao impacto antrópico. Uma grande porcentagem já foi destruída pela mineração, pelo desenvolvimento imobiliário e pela agricultura (SEAMA, 2001 apud Aguiar; Chiarello; Mendes et al. 2005). A vegetação da restinga é geralmente mais densa e baixa do que outros tipos de vegetação florestal da região, o que faz dela uma fonte de madeira e lenha muito apreciada para residências ou pequenas indústrias (Aguiar; Chiarello; Mendes et al., 2005).
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